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CF368

Eletromagnetismo I

Prof. Dante Mosca

Aulas em http://fisica.ufpr.br/mosca
Planejamento de Provas
Eletrostática: Prova 1 Data: ..../04/09
Lei de Coulomb; Campo elétrico; Potencial eletrostático; Lei de Gauss; Expansão de
campos elétricos em multipolos; Soluções para problemas eletrostáticos; Equação de
Poisson; Equação de Laplace; Campo eletrostático em meios dielétricos; Teoria
microscópica de dielétricos; Energia eletrostática; Capacitores.

Magnetostática Prova 2 Data: ..../06/09


Campo magnético; Campos atuantes sobre condutores de corrente elétrica; Lei de
Biot-Savart; Lei de Ampère; Potencial vetorial magnético; Propriedades magnéticas
da matéria.

Corrente elétrica: : Lei de Faraday; energia magnética. Equação da continuidade;


Lei de Ohm; Correntes estacionárias em meios contínuos; Teoria microscópica da
condução.

Equações de Maxwell: Prova 3 Data: ..../07/09


Lei de Ampère generalizada; Corrente de deslocamento; formulação diferencial das
equações de Maxwell; Equações de Maxwell em meios materiais; potencial vetor e
potencial escalar.
Tópicos de Revisão

Análise Vetorial
e
Fasores
Coordenadas cilíndricas
Coordenadas esféricas
Operador Notação Propriedades

Determina as taxas e sentidos de variação


Gradiente
máxima num campo escalar f.

Determina a tendência de um campo


Rotacional
vetorial girar ao redor de um ponto.

Divergência Determina o fluxo de uma fonte ou


vertedouro de campo vetorial num ponto.

Laplaciano Composição de operações de divergência


e gradiente.
Gradiente
Integral de caminho

C
C
Ex.:

C
sendo

então

pois

Normal à área:
Rotacional

Teorema de Stokes
Fluxo

Teorema da Divergência
Números Complexos

&

Fasores
Fasor
Exercícios:

1)Mostre que

sendo

2) Mostre que

3) Se e
mostre que a média temporal < …> do produto
AB vale :
Representação Vetorial de
Campos Elétricos e Magnéticos

Michel Faraday (1791-1867) introduziu o conceito de linhas de força.


STM
MRI

lightning
Eletrostática

Fenômeno da solvatação
Lei de Coulomb
(1785-1787)

F/m

[ F /m ] = C2N−1m−2.

F ~ r –n n=2 incerteza ± 2x10-16


Força elétrica versus força gravitacional :

A repulsão elétrica entre dois elétrons ( me = 9,1 x 10 – 31 kg )


é cerca de 1042 maior do que sua atração gravitacional.

Experimentos mostram que a matéria constituída por átomos e


moléculas tende a ser neutra e a força de Coulomb inibe a
acumulação de cargas elétricas de qualquer sinal superior a
cerca de 1020 a carga elementar do elétron:

e = 1.6 x 10 – 19 C

Em conequência, no Universo prevalesce a gravidade.


Questão
A existência de um número atômico máximo na Tabela Periódica permite estimar
a magnitude da força de coesão núclear (força forte)?

Se verdadeiro, estime a magnitude da força forte para o elemento com Z ~ 100


com um raio nulcear característico de 15 fm.
Campo Elétrico

1 Volt = 1 Joule / Coulomb


Distribuição volumétrica de carga elétrica
Exercícios:

1) Obtenha a carga total distribuída numa espira circular filamentar com uma
densidade linear de carga ρL = 10-9 C/m.

Resp.: Q = p nC

2) Obtenha a carga total Q distribuída em um disco de raio 0.1 m que jaz no


plano z = 0, centrado na origem ( x = y = 0 ), tendo uma densidade
superficial de carga não uniforme ρS = 0.2 r2 μC/m2.

Resp.: Q = p nC
Cálculo numérico da intensidade do campo elétrico produzido por um
conjunto finito de cargas puntiformes uniformente espaçadas sobre o eixo z.
Sendo

Todas as componentes Ez se cancelam, logo


Adotando Dz = 0.1 m e N = 100 temos em x = 1 m :

Calculando numericamente, temos :

Exercício: mostre que no limite de uma distribuição linear de carga uniforme


infinita temos :
Princípio da Superposição

q
Expressão generalizada do campo elétrico :

envolvendo:

- cargas discretas
- distribuição de carga volumétrica
- distribuição de carga superficial
Potencial Elétrico
Exercício:
Convença-se destas três igualdades abaixo.
O campo eletrostático é conservativo !

Um campo vetorial irrotacional.


Campo elétrico

Potencial elétrico
Potencial elétrico em um ponto P vizinho a uma
carga Q esfericamente distribuida :

O potencial elétrico em um ponto é arbitrariamente definido !


Ex.: vista em seção transversal da configuraçãoo de linhas de E (___) e
equipotenciais (-----) de quatro pares linhas de cargas.
Lei de Gauss
Dois comentários :

superfícies re-entrantes

A Lei de Gauss é válida mesmo para cargas em movimento


seja qual for a sua velocidade e aceleração.
Lei de Gauss (versão diferencial)

Usando o teorema da divergência:

Assim
Exemplo: campo e potencial elétrico de uma distribuição
esférica de cargas uniforme.

Em r > R :

(Lei de Gauss)

(carga Q em r = 0)
Em r < R :

(Lei de Gauss para a carga )

(usando a expressão )
Exercício:

a) Estime a chamada auto-energia :

U= =

b) Estime o chamado raio clássico do elétron :


Multipolos elétricos

Potencial em P :

Lei dos cossenos :


Expandindo

Similarmente e retendo apenas termos até (s/r)2 temos:

Então, em P obtemos:
Expansão multipolar (ver um Curso de Métodos Matemáticos)

(supondo r >> r’)


Polinômios de Legendre
Graficamente :
(supondo r >> r’)

V = Vo+ V1 + V2 + V3 + V4 + …
Multipolos elétricos : 2n - polos
Exercícios :

1) Dada uma distribuição de carga com carga efetiva Q = 0, seu momento


de dipolo elétrico depende da escolha da origem ? A sua resposta
é a mesma no caso do momento de quadripolo elétrico ?
Resp.: Exceto o termo de monopolo, em geral, todos os termos de
multipolo dependem da posição da origem. O termo de dipolo
independe da origem no caso especial de Q = 0.

2) Mostre que a energia potencial eletrostática U de um dipolo elétrico


p = Qs imerso num campo elétrico E = - V é igual a U(r) = - p.E (r).
Resp.: Basta usar U = -QV(r) + QV(r+s) e V(r+s) ≈ V(r) + s●V.

3) Dipolos elétricos são encontrados em moléculas como a água. Qual é


a configuração espacial de duas moléculas de água que apresenta a
menor energia potencial eletrostática ?
Resp.:  
Eletrostática

Campos originados por cargas elétricas estacionárias.


Soluções de problemas de Eletrostática
usando equações de Laplace e Poisson

equação de Laplace

equação de Poisson
Exemplo: emissão de elétrons (desprezado efeito de bordas)

Catodo Anodo Eq. Poisson :


(quente) (frio)
Multiplicando ambos os lados da igualdade por
e integrando, temos

Admitindo A = 0 (contrôle através de Va e não temperatura) :


Sendo B = 0 pois V = 0 em x = 0 :

Quando então

A/m2
A emissão de corrente aumenta com o potencial V3/2, mas
cessa quando elétrons emitidos pelo eletrodo atingem o
ânodo e acumulam-se. Existe ainda um potencial mínimo
para emissão imposto pela função trabalho f da placa metálica,
tal que (mv2/2)min = ef.

Finalmente, cabe lembrar que o número de elétron livres por


centímetro cúbico de um metal (i.e. elétrons de condução) n(v)
segue uma distribuição de Maxwell de velocidades na direção
perpendicular à superfície do eletrodo (x), tal que entre v e
v + dv temos:

dn / n = exp ( - mv2 / 2kT) dv / ʃ exp ( - mv2 / 2kT) dv


= exp ( - mv2 / 2kT) dv / (2pkT / m)1/2
então
i = e ʃ v dn (função de T)
is= en (kT/2pm)1/2 exp ( - ef / kT) (Eq. Richardson)
Exemplo:
Campo de uma distribuição de cargas esférica uniforme

Laplaciano em coordenadas esféricas polares:


Caso r > R

Caso r < R
Rearranjando e integrando :

Admitindo B = 0 para E ser finito em r = 0 :

(ver slide 40)


Soluções de problemas de Eletrostática
Tratamento geral usando Polinômios de Legendre

equação de Laplace

equação de Poisson
Coordenadas esféricas polares:

Restringindo a problemas com simetria axial ( V independe de f ) :

Método de separação de variáveis ( V = R Q ) :


Equação em r :

Solução da equação :

Sendo n um número natural

Resultando
Adotando por conveniência : *
Tal que

A equação em Q torna-se:

Definindo os Polinômios de Legendre :

Impondo que

Então

Obs. (*) :
Função geratriz :

Polinômios de Legendre :
Solução Geral

Série infinita em termos de um conjunto completo de funções que

devem satisfazer condições de contorno arbitrárias com simetria axial.

Importante lembrar a propriedade de ortogonalidade dos polinômios

de Legendre:
Exemplo: Esfera condutora imersa num campo elétrico Eo uniforme.

Análise qualitativa do campo vetorial

Raio da esfera : r = a
Solução quantitativa usando as condições de contorno apropriadas :

Então, em r = a temos:

Usando a propriedade de ortogonalidade (multiplicação por Pm e integração) :


Impondo n = m

Então

Para r  

Resultando A1 = -Eo e Bn = 0 exceto B1, sendo


Solução geral do potencial elétrico para qualquer ponto P(r,q) :

Campo elétrico : E =-V


Densidade superficial de carga s(q) :

sendo

e
Então

Usando a ortogonalidade dos polinômios:

Comparando com solução obtida :

Temos :
A densidade de carga superficial é :

Observa-se ainda que o campo elétrico produzido pela esfera é equivalente


ao campo elétrico de um dipolo elétrico centrado na origem (0,0) :
Método das imagens

Transformação de um campo elétrico em um outro


campo elétrico equivalente mais simples de calcular.
Aplicação do Método das Imagens

Carga elétrica
. puntiforme próxima a uma esfera metálica aterrada.

Quando a carga Q é positiva a densidade de carga superficial s


é negativa. A condição de contorno V = 0 é satisfeita pela carga
original Q e sua imagem -Q` que é estrategicamente inserida no
problema em substituição à esfera.
Impondo o potencial nulo nos pontos P1(r,q) e P2 (r,q) arbitrários:

Resolvendo

Em P3 (r,q) :
Em um ponto P(r,q) arbitrário :

Em r = a :
Cálculo da densidade superficial de carga elétrica em um ponto.
Para fazer isso, primeiro vamos calcular a intensidade do campo
elétrico produzido por um elemento de carga sda isolado sobre a
superfície de um condutor.

Sendo n um vetor
unitário normal à
superfície.

Podemos fazer isso usando a Lei de Gauss. O fluxo elétrico total


emergindo de sda deve ser sda/eo, metade dele entrando e outra
metade saindo da elemento de área da.
Portanto, o elemento da carga sda isoladamente produz a
metade do campo elétrico total s/eo em um ponto externo,
arbitrariamente próximo à superfície. Ou seja, este elemento
de carga gera um campo muito mais efetivo do que todas as
demais que devem produzir a outra metade.

Desta forma, a intensidade do campo elétrico atuando sobre


sda deve ser igual a s/2eo, como mostrado na figura.

Podemos aproveitar e calcular a força sobre esse elemento de


carga do condutor devido ao campo produzido pelas demais:

Logo, a “pressão” exercida pode ser escrita como


Podemos agora calcular a densidade de carga que buscávamos
assumindo que:

A carga total induzida sobre a superfície será dada por:

Ou seja, a carga total induzida na superfície do condutor é igual


a carga imagem usada para substituir a esfera, validando a Lei
de Gauss.
Diagrama da linhas de campo e equipotenciais para a carga próxima à
esfera condutora.

?
Exercício:

Seria possível utilizar o método das imagens acima para


determinar o campo elétrico e a densidade de carga no
caso de colocarmos uma carga elétrica puntiforme próxima
a uma esfera condutora carrega (i.e., não aterrada) ?

Se a resposta for sim, explique como fazê-lo.


Exercício:
a) Mostre que em coordenadas cilíndricas :

b)Verifique que sendo A e B contantes temos:


f0 = A + B ln r
f1 = (Ar n +Br -n ) cos nq
f2= (Ar n +Br -n ) cos nq
como soluções possíveis.
Dielétricos
Sob a ação de um campo elétrico aplicado o centro de carga
da nuvem eletrônica da molécula desloca-se em relação aos
centros de carga dos núcleos (valores típicos 10-8 o diâmetro
de um átomo). Este fenômeno é a polarização eletrônica e/ou
iônica.

Moléculas polares tendem a alinhar-se de forma espontânea e


a ganhar polarização em presença de campos elétricos
aplicados. Isto é denominado polarização orientacional. A
agitação térmica tende a opor-se a este processo de
alinhamento por torque :

Existem materiais com íons de sinais opostos capazes de se


mover ou orientar sob a ação de um campo elétrico. O
fenômeno de polarização intrínseca atômica ocorre em
dielétricos ferroelétricos.
Polarização elétrica, P

Havendo N moléculas por unidade de volume com um momento


de dipolo elétrico médio por molécula p.

Admitindo um momento de dipolo elétrico resultante pr no interior


de elemento de volume Dv.
Em um elemento de área dentro de um dielétrico imerso em um
campo elétrico tende a haver cargas elétricas ligadas.
Densidade superficial de carga ligada
Densidade volumétrica de carga ligada

Qb

Qb
Potencial elétrico de um dielétrico polarizado

Observação: se houver cargas elétricas livres presentes, então


adiciona-se termos integrais similares para as cargas livres.
Lei de Gauss em presença de dielétricos

ou
Densidade de fluxo elétrico

A definição da densidade de fluxo elétrico :

e a sua utilidade prática:


Equação de Poisson

Tal que
Susceptibilidade e permissividade elétricas

Admitindo um dielétrico linear e isotrópico:

Se o dielétrico é homogêneo a susceptibilidade irá


independer das coordenadas.
Exercício : Considere um meio dielétrico homogêneo,
isotrópico e linear.

Discuta a situação rf = 0.
Comentário :

Nas expressões acima, é utilizado o campo elétrico


chamado local, que geralmente difere do campo
elétrico aplicado.

Quando escrita usando o campo elétrico aplicado


as expressões acima definem outras quantidades
chamadas susceptância e a permeância elétricas,
respectivamente.
Comentário :

Um sólido cristalino possui via de regra propriedades dielétricas


diferentes em direções cristalinas distintas; devido a mobilidade
e/ou orientação preferencial dos momentos dipolares elétricos
em uma dada direção. Como resultado, a susceptibilidade
elétrica pode depender do campo elétrico E e a direção da
polarização elétrica P não ficar na mesma direção de E.

A susceptibilidade torna-se um tensor de 2a ordem. Importante


dizer que apenas 6 das 9 componentes são independentes,
havendo três direções principais relativas aos eixos cristalinos.

Ex.:
Teoria Microscópica de Dielétricos

Exemplo Tipo de Permeabilidade


Polarização relativa
Ar ( CNTP) Eletrônica 1,0005
Si Eletrônica 12
NaCl Iônica 5,9
PVC Orientacional 7
Agua Orientacional 80
« Cavidade »

Campo elétrico em
escala atômica
Em

0 r
Campo elétrico local no centro da « cavidade » :

Campo das placas : sendo

Campo despolarizante: sP = Pn 
Campo aplicado: 

Campo devido a sP na cavidade:

Campo devido aos dipolos dentro da cavidade:


Caso de gases, líquidos ou cristais cúbicos
Exercício:

Lembrando que mostre que o campo elétrico de um

dipolo elétrico pode ser escrito a partir do potencial elétrico

como .

Exercício:

Usando a expressão acima, mostre que a componente x de um campo elétrico


dipolar no interior de um dielétrico pode ser escrita como :

Admitindo o dielétrico isotrópico, as componentes x,y e z são equivalentes por


causa da simetria da rede. Então os valores médios espaciais respeitam as relações:

Isto demonstra que E´= 0 numa cavidade de formato qualquer de um dielétrico ?


Campo elétrico local ou interno

Polarizabilidade molecular e momento dipolar elétrico induzido:

Polarização elétrica induzida:

Obs.: A variação da polarizabilidade com a freqüência exibe contribuições de


origem iônica, eletrônica e molecular. Voltaremos a este tema adiante.
Na er – 1
=
3eo er + 2

Eq. Clausius - Mossotti


Comentário:

Se houver i - tipos de moléculas e átomos, temos:

Usando a densidade, a massa molar e número de Avogadro:

Obtemos a polarizabilidade molar:


Teoria de Langevin para sistemas de moléculas polares
Em
q
po

Média termodinâmica da configuração orientacional:

Adotando obtém-se :

No limite y << 1 :
Polarizabilidade

deformação da nuvem eletrônica e/ou reorientação


Equação de Debye

0
Exemplo: barra de eletreto com polarização axial uniforme
(dielétrico ferroelétrico com uma polarização remanente)

objeto real objeto idealizado


E ( ___ ) D(----) P()
Ferroeletricidade

Ciclo de histerese
Exemplo:

Considere uma placa de eletreto (dielétrico ferroelétrico com


uma polarização remanente) polimérico usado em microfones :

ou cadeias

que possui uma polarização em torno de 50 a 70 mC/m2.

Negligenciando o efeito de bordas a polarização P será uniforme


sendo rb = 0.
Condições de continuidade em uma interface

O potencial elétrico é continuo através da interface


entre dois meios, pois em caso contrário o campo
elétrico se tornaria infinitamente grande.
Exercício: Analise a interface entre um condutor e um dielétrico
homogêneo, isotrópico e linear.
Considere o volume gaussiano G e deduza as
seguintes relações:
Exercício:

Considere um dielétrico no interior


de um capacitor de placas paralelas,
conforme desenho ao lado.

A espessura do dielétrico é s havendo


espaçamentos g e h entre o dielétrico
e as placas de área do capacitor.

Desprezando o efeito de bordas e ainda


admitido que E, D e P são uniformes no
interior do dielétrico e nos espaçamentos
de ar, então calcule a diferença de
potencial através do capacitor.

Resp.:
Carga puntiforme diante de um bloco dielétrico semi-infinito

r
s
+Q e
D n sb

Obter sb e discutir o campo elétrico.


Componente normal à interface do campo elétrico devido a
carga Q :

De acordo com a Lei de Gauss, a carga ligada induzida sb


determina componentes normais de campo elétrico com
intensidades sb/2eo opostas na interface ar-dielétrico, tal
que no interior do dielétrico temos:

Resultando

Portanto,
Assumindo o lado direito contendo o dielétrico como sentido
positivo, temos as componentes normais do campo elétrico

Fora do dielétrico:

Dentro do diétrico:
Temos que sendo a componente normal de D
continua na interface, pois não há cargas livres.

Satisfeitas as condições de contorno a imposição de unicidade


de solução permite dizer que podemos substituir o dielétrico por
uma carga imagem Q’.

Ou seja, o campo elétrico a esquerda da interface ar-dielétrico


pode ser descrito como devido a carga Q e a uma carga Q’,
conforme mostra a Figura (a) no próximo slide.

Observa-se ainda que Eni permanece inalterado substituindo


o dielétrico por uma carga efetiva Q’’, conforme mostra a
Figura (b) no próximo slide.

O problema pode se dizer qualitativamente resolvido!


Intervenção de cargas imagens
D

ar dielétrico
Exercício:

a)Resolva o probema de uma esfera dielétrica imersa em um campo elétrico


inicialmente uniforme.

Veja exemplo 4-2 do livro-texto Reitz-Milford-Christy (4th Edition).

b) Discuta a questão do campo elétrico no interior da esfera é maior, menor ou igual


que o campo elétrico externo.

c) Quais condições de contorno são apropriadas?

d) Voce seria capaz de obter o momento de dipolo elétrico que colocado no centro
da esfera produziria um campo elétrico que somado ao campo elétrico uniforme
equivaleria ao campo elétrico no exterior da esfera?

e) Voce seria capaz de obter a densidade superficial de carga de polarização?


Densidade de energia eletrostática em termos de E e D
Cálculo do trabalho realizado pelo campo elétrico :

Ver slide 78
Energia dispendida :

Densidade de energia dispendida:

Ou ainda:
Conjunto de 5 cargas elétricas isoladas.
Energia potencial de um conjunto de cargas elétricas isoladas
em termos das cargas e potenciais elétricos sobre as cargas
Energia potencial de um conjunto de cargas elétricas isoladas
e distribuições continuas de cargas

= --
Densidade de energia de um campo eletrostático
Coeficientes de potencial, de capacitância e de indução
Exemplo:
Exercício: Obtenha a energia potencial eletrostática
de uma distribuição de N cargas.
Resp.:
Capacitores

Armazenamento de cargas e energia elétrica.

(capacitância)

Energia eletrostática armazenada


Exemplo: Capacitor de placas paralelas
Mostre que :
Exercício:

(a) Mostre que a capacitância por unidade de comprimento de um capacitor

cilíndrico com raios é sendo R1 e R2 os

raios interno e externo, respectivamente.

(b) Discuta o efeito de campos de borda em capacitores cilíndricos finitos.

Sugestão: veja, por exemplo, o artigo sobre modelagem numérica descrito na


Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 29, n. 2, p. 241-249, (2007)

www.sbfisica.org

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