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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA

NÚCLEO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA


DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
DISCIPLINA DE HIDROLOGIA
DOCENTE: CÁTIA ELIZA ZUFFO

PLANEJAMENTO E COLETA DE AMOSTRAS

Discente: Amanda Michalski da Silva

Porto Velho
Março de 2016
INTRODUÇÃO
• As caracterizações físico-químicas e microbiológicas da
água e de soluções aquosas têm como objetivo identificar
e quantificar os elementos presentes nesses compostos.
• Desse modo, é possível associar os efeitos de suas
propriedades às questões ambientais, permitindo a
compreensão dos processos naturais ou alterações no
meio ambiente (PARRON et al., 2011).
Principais normas aplicáveis
• Portaria nº 2914 de 2011: dispõe sobre os procedimentos
de controle e de vigilância da qualidade da água para
consumo humano e seu padrão de potabilidade.
• Resolução CONAMA nº 357 de 2005: dispõe sobre a
classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais
para o seu enquadramento, bem como estabelece as
condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá
outras providências.
• Resolução CONAMA nº 430 de 2011: dispõe sobre as
condições e padrões de lançamento de efluentes,
complementa e altera a Resolução nº 357.
PLANEJAMENTO DE AMOSTRAGEM

Fonte: Manual de procedimentos de


amostragem e análise físico-química
de água -PARRON et al., 2011.
PLANEJAMENTO DE AMOSTRAGEM
• Estabelecer um plano de amostragem é apenas uma das
etapas necessárias à caracterização do meio a ser
estudado, mas dele dependem todas as etapas
subsequentes: ensaios laboratoriais, interpretação de dados,
elaboração de relatórios e tomada de decisões quanto à
qualidade desses ambientes.
• Todos os envolvidos devem estar totalmente
familiarizados com os objetivos, metodologias e limitações
dos programas de amostragem, pois as observações e dados
gerados em campo ajudam a interpretar os resultados
analíticos, esclarecendo eventualmente dados não-conformes
(CETESB, 2011, pag. 35).
Definição do programa de amostragem
• Usos do corpo d’água:
 (a) consumo humano, (b) preservação da vida aquática; (c) irrigação e
dessedentação de animais; (d) abastecimento industrial; (e) recreação
entre outros.
• Natureza da amostra:
 As amostras podem ser coletadas em águas classificadas como bruta,
tratada ou residuária; superficial ou subterrânea; interior ou costeira;
doce, salobra ou salina.
• Parâmetros de caracterização da área de estudo:
 Definir os fatores de variabilidade
• Informações sobre a área de influência
 O planejamento adequado envolve a obtenção de informações
preliminares sobre a área de influência do corpo d’água a ser
amostrado

(CETESB, 2011. pag. 35-40)


Definição do programa de amostragem
• Local e pontos de coleta
 Água bruta: devem ser selecionados locais adequados às
necessidades de informação de cada programa

Fonte: Guia nacional de coleta e


preservação de amostras
(CETESB, 2011.pag. 41).
Definição do programa de amostragem
• Local e pontos de coleta
 Água tratada: para o controle de qualidade da água para consumo
humano devem ser considerados na definição dos pontos e locais de
coleta:
 1) o monitoramento operacional para avaliar o desempenho das
medidas de controle nas diversas etapas de tratamento, desde a
captação no manancial até o consumidor
 2) o monitoramento para garantir que o processo de tratamento
como um todo esteja operado de forma segura (verificação).
 3) no estabelecimento da frequência de amostragem para um
monitoramento mais global da água de consumo humano existe a
necessidade de se realizar um balanço dos benefícios e custos de se
obter um número maior de informações. O número de amostras e a
frequência de amostragem são geralmente baseados na população
abastecida ou no volume de água distribuído, para refletir o risco à
população.

(CETESB,2011.pag. 43-44)
Definição do programa de amostragem
• Local e pontos de coleta
 Sedimento: A seleção dos pontos de coleta de sedimento deve
considerar, além do objetivo do estudo, os tipos de ambiente, os
locais de lançamento da carga de poluentes e os padrões de
vazão, velocidade e sentido da corrente. Deve-se considerar:

 Qualquer que seja o tipo de ambiente amostrado (rios, lagos,


reservatórios, estuários e oceanos), a coleta para avaliação da
qualidade de sedimentos (biológica, física e química) geralmente
ocorre nas áreas de deposição de sedimentos finos (argila), já que
normalmente são nesses locais que os contaminantes são retidos e
a comunidade bentônica é mais desenvolvida.

(CETESB,2011. pag. 44-45)


Definição do programa de amostragem
• Apoio operacional
 Veículos
 Embarcações
 Equipamentos
 Frascarias
 Material de preservação e acondicionamento disponíveis e em
quantidade suficiente
 Evitar adaptações de última hora
• Capacidade analítica laboratorial:
 No planejamento da amostragem deve ser considerada a capacidade
analítica do(s) laboratório(s) quanto à quantidade de amostras que
podem ser processadas e os tipos de parâmetros a serem
investigados, limites de detecção, métodos de ensaio, disponibilidade
de padrões e cronograma de atendimento.
(CETESB,2011. pag. 46)
Sugestões de pontos de coleta

Fonte: Manual de Procedimentos de


Coleta e Metodologias de
Análise de Água (CEMIG, 2009).
COLETA E PRESERVAÇÃO DE
AMOSTRAS
• A técnica a ser adotada para a coleta de amostras depende da
matriz a ser amostrada. Alguns cuidados devem ser tomados:

 Verificar limpeza dos frascos e demais equipamentos


 Empregar somente os frascos e as preservações recomendadas
para cada tipo de determinação, verificando se os frascos e
reagentes para preservação estão adequados e dentro do prazo
de validade para uso.
 Certificar-se que as partes internas dos frascos não sejam tocadas
com a mão ou fiquem expostas ao pó, fumaça e outras impurezas.
 Garantir que as amostras líquidas não contenham partículas
grandes, detritos, folhas, ou outro tipo de material.

(CETESB, 2011. pag. 51)


COLETA E PRESERVAÇÃO DE
AMOSTRAS
• Manter registro de todas as informações de campo:

 Nome do programa de amostragem e do coordenador, com


telefone para contato;
 Nome dos técnicos responsáveis pela coleta;
 Número de identificação da amostra;
 Identificação do ponto de amostragem: código do ponto, endereço,
georreferenciamento, etc.
 Data e hora da coleta;
 Natureza da amostra (água tratada, nascente, poço freático,
poço profundo, represa, rio, lago, efluente industrial, água salobra,
água salina etc.);
COLETA E PRESERVAÇÃO DE
AMOSTRAS
 Tipo de amostra (simples, composta ou integrada)
 Medidas de campo (temperatura do ar e da água, pH,
condutividade, oxigênio dissolvido, transparência, coloração visual,
vazão, leitura de régua, etc.);
 Eventuais observações de campo;
 Condições meteorológicas nas últimas 24 horas que possam
interferir com a qualidade da água (chuvas);
 Indicação dos parâmetros a serem analisados nos laboratórios
envolvidos;
 Equipamento utilizado (nome, tamanho, malha, capacidade,
volume filtrado, e outras informações relevantes).
COLETA E PRESERVAÇÃO DE
AMOSTRAS
• Preservação:
• Adição química: O método de preservação mais conveniente é o
químico, através do qual o reagente é adicionado prévia (ensaios
microbiológicos) ou imediatamente após a tomada da amostra,
promovendo a estabilização dos constituintes de interesse por um
período maior

• Congelamento: É uma técnica aceitável para alguns ensaios e


serve para aumentar o intervalo entre a coleta e o ensaio da
amostra in natura, sem comprometer esta última

• Refrigeração: Constitui uma técnica comum em trabalhos de


campo e pode ser utilizada para preservação de amostras mesmo
após a adição química
(CETESB,2011. pag.54-56)
COLETA E PRESERVAÇÃO DE
AMOSTRAS
• Acondicionamento:

Fonte: Guia nacional de


coleta e preservação de
amostras (CETESB, 2011).
Tipos de recipientes

Vidro borossilicato Pote poietileno Frasco reagente


amostra fisico quimica Ambar
Acessado: 1 de março de 2016, 21:38:57. Acessado: , 1 de março Acessado:1 de março de 2016, 21:40:26 .
Disponível em de 2016, 21:42:15 Disponível em
directindustry.com/prod/duran-group- Disponível em lojalab.com.br/produto_frasco-reagente-
.irmaoshaluli.com.br/frasco-polietileno- em-vidro-ambar-tampa-azul-cap-2000ml
gmbh/product
100ml
Amostragem de água bruta e sedimentos
• Recomendações gerais:

1. a coleta de água deve ser realizada antes da coleta de


sedimentos;

2. os primeiros frascos a serem preenchidos de água do local devem


ser direcionados aos ensaios microbiológicos, biológicos e aos que
não podem sofrer aeração;

3. a água superficial deve ser coletada antes da amostra em


profundidade.
Amostragem de água bruta e sedimentos
Em água superficial
Equipamento utilizado é o
Batiscafo

Pegador Petersen modificado

Em profundidade
Fonte: Guia nacional de coleta e
Equipamento utilizado garrafa preservação de amostras (CETESB,
de Niskin. 2011. pag.95 - 138).
Amostragem de água para abastecimento
público
• Os procedimentos operacionais que devem ser adotados nesse
contexto dependem de fatores como: tipo de manancial de
abastecimento (rio, lago, represa, subsolo, chuva etc.); qualidade
inicial da água (composição química e biológica); distâncias
percorridas; fatores climáticos, topográficos e ambientais; aplicação
de produtos químicos durante o processo e tempo de contato
necessário para as respectivas reações químicas e biológicas; tipo
de tratamento requerido.

• A frequência, o número mínimo de amostras, os locais, os


parâmetros a serem analisados e os valores máximos permitidos são
definidos pela legislação vigente (Portaria 2914/2011).
Amostragem de água para abastecimento
público
• Coleta na ETA (Estação de Tratamento de Água):
 Os locais de amostragem para o controle das condições de
operacionalidade da estação e consequente caracterização da
qualidade da água produzida, devem ser escolhidos no decorrer
do processo (entrada da ETA, floculação, decantação, filtração,
desinfecção/fluoretação/saída da ETA), cujos pontos de tomada de
amostras geralmente estão disponíveis no laboratório da estação

Fonte: Guia nacional de coleta e


preservação de amostras
(CETESB, 2011).
Amostragem de água para abastecimento
público
• Coleta no Sistema de Distribuição:
 Os sistemas de distribuição por incluírem longas extensões de
tubulações, reservatórios de estocagem, interconexões e por
estarem sujeitos a adulteração e vandalismo, são vulneráveis à
contaminação química e microbiológica.
 A retirada de amostra para ensaio da água contida na rede de
distribuição geralmente é feita em uma torneira próxima ao
hidrômetro da residência ou outra que receba água diretamente da
rede de abastecimento público

Fonte: Guia nacional de coleta e


preservação de amostras
(CETESB, 2011).
Amostragem de efluentes líquidos
• Podem ser classificados de acordo com sua origem:

 (1) efluentes industriais,


 (2) efluentes industriais em esgotos domésticos,
 (3) efluentes de plantas de incineração de resíduos sólidos,
 (4) efluentes percolados gerados em aterros sanitários e
industriais.

• A escolha dos parâmetros dependerá, além dos objetivos


do programa citados anteriormente, do tipo de efluente
industrial e da classe dos corpos hídricos receptores.
Amostragem de efluentes líquidos
Alguns exemplos do tipo de
ensaio em relação ao tipo de
indústria

Fonte: Guia nacional de coleta e


preservação de amostras
(CETESB, 2011).
Ensaios realizados em campo
• Alguns ensaios frequentemente são conduzidos em
campo devido ao curto prazo requerido pela análise, o
que implica em cuidados específicos para sua realização.
 Cloro residual kit comparador colorimétrico
 Oxigênio dissolvido
 Condutividade e salinidade
 pH
 Temperatura da água e ar
 Transparência
 Turbidez
 Sólidos sedimentáveis
Fonte: Guia nacional de coleta e preservação de
amostras (CETESB, 2011).
Referências
• BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria nº 2.914, de 12 de dezembro
de 201, Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da
qualidade da água para consumo humano e seu padrão de
potabilidade.. Brasil. Disponível em:
http://www.saude.mg.gov.br/images/documentos/PORTARIA/20No-
/02.914,/20DE/2012/20DE/20DEZEMBRO/20DE/202011.pdf .
Acessado em: 05 de fevereiro de 2016, 21:46

• BRASIL, Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA


Resolução nº357 de 17 de março de 2005, dispõe sobre a
classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para seu
enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de
lançamentos de efluentes, e dá outras procidências;. Disponível em:
http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705.pdf.
Acessado em: 04 de fevereiro de 2016, 22:43
Referências
• BRASIL, Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA
Resolução nº 430 de 13 de maio de 2011, dispõe sobre as
condições e padrões de lançamentos de efluentes,
complementa e altera a Resolução nº 357 de 17 março de
2005, do. Disponível em:
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=646
Acessado em 04 de fevereiro de 2016, 23:15

• COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO–


CETESB, Guia nacional de coleta e preservação de
amostras, água, sedimentos, comunidades aquáticas e
efluentes líquidos. Brasília. ANA. 2011

• COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS – CEMIG;


Manual de Procedimentos de Coleta e Metodologias de
Análise de Água. SISÁGUA. Belo Horizonte. 2009
Referências
• FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE – FUNASA; Manual
Prático de Análise de Água; 3ª edição revisada; Brasília
– DF; 2009

• PARRON et al; Manual de Procedimentos de


amostragem e análise físico-química de água;
Embrapa Florestas; Colombo -PR. 2011
OBRIGADA

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