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• Pode-se dizer que esta tríade constitui a resposta normal do pulmão à injúria cirúrgica e, ao
mesmo tempo, a base para o surgimento de complicações.
COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS EM CIRURGIA
TORÁCICA
• Atelectasia
• Pneumonia
• Embolia Pulmonar
• IRpA no PO
• Invalidez Respiratória
QUEM DEVE SER AVALIADO?
• Qualquer paciente que será submetido cirurgia torácica deve ser avaliado no pre-operatório
• Devem ser avaliados:
• Anamnese e Exame Físico*:
• Idade , condições clínicas, tabagismo, obesidade, grau de dispneia
• Doenças pulmonares associadas*
• Tipo de cirurgia/ anestesia*
• Rx Tórax PA/P e/ou TC de Tórax*
• Espirometria*
• Cintilografia Pulmonar
• Gasometria Arterial*
• Capacidade de Difusão do CO – DCO
• Teste de Esforço
• Ecocardiograma
AVALIAÇÃO GERAL
• Idade Atualmente aceita-se que a idade não é preditor isolado de complicações. Dessa forma, a idade, na ausência de
comorbidades associadas a ela, não contraindica cirurgia
• Condições Clínicas: Pacientes com baixa performance status tem predisposição a complicações
• Tabagismo: Fator de risco importante de complicações em PO de cirurgia torácica. Recomenda-se cessação do tabagismo pelo
menos 15 dias antes da cirurgia
• Dispneia: A dispneia incapacitante é contraindicação formal a cirurgias de ressecção pulmonar. Exceção: bulectomias,
pneumoplastia ( melhoram função pulmonar )
DOENÇAS PULMONARES ASSOCIADAS
• O parâmetro mais importante da avaliação pré-operatória na espirometria é o VEF1 pré-operatório e sua previsão para o pós-
operatório, conforme número de segmentos funcionantes que serão ressecados
• O valor de VEF1 esperado no pós-operatório deve ser > 800 mL ou 30% do teórico, segundo o Consenso Brasileiro de
Espirometria
• Entre valor absoluto em L e o valor relativo em percentagem, deve ser considerado o que mais favorece o paciente
AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR
ESPIROMETRIA
• O valor de VEF1 previsto no pós-operatório deve ser calculado através da fórmula de
Nakahara, nos casos em que o paciente não apresente pneumopatias crônicas:
• VEF1pos = VEF1 x [ 1 - ( b-n/ 42-n)]
• b= número total de segmentos a ressecar
• n= número de segmentos não funcionantes a serem ressecados
• A escala de Torrington e Henderson pode ser usada para estimar o risco de insuficiência pós-
operatória em cirurgia torácica. Ela combina uma série de variáveis clínicas e espirométricas
AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR
ESPIROMETRIA – ESCORE DE TORRINGTON E HENDERSON
• Pacientes que apresentam PaO2 < 55 e PaCO2 > 45 tem maior probabilidade de evoluir
com IRpA nos PO, além de aumentar a morbidade pós-operatória com infecções e
atelectasia
• Os valores de corte para ressecções de segmentos pulmonares são de 15ml/kg/min e 12 ml/kg/min para
pneumectomias
• Valores de pressão de artéria pulmonar < 35mmHg geralmente permitem que a cirurgia
seja realizada
REFERÊNCIAS