UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

CURSO DE GRADUAÇÃO ENGENHARIA MECÂNICA

Diego David Silva Diniz

(diego.diniz@ufersa.edu.br)

CHASSI

Curso de Engenharia Mecânica

Campus: Caraúbas
Disciplina: Introdução à Engenharia Automobilística - CEX0277

Caraúbas - RN
2014
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Sumário
Chassi
1. Definição de chassi, vantagens e desvantagens;

2. Tipos de estrutura;

3. Cockpit;

4. Ergonomia automotiva;

5. Teste de segurança;

6. Análise de forças torcionais, frontais e laterais atuante no chassi.

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Definição
Segundo Chandra et al (2012), chassi automotivo é um esqueleto onde todos
os sistemas mecânicos do veículo são acoplados. Por isso é considerado o componente
mais significativo de um automóvel, além de ser o responsável por dar resistência e
estabilidade ao veículo quando solicitados por diferentes condições.
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Características

• Deve ser suficientemente forte para não dobrar na parte central, isto é, ser
resistente à flexão;
• Deve proteger os ocupantes contra as inclemências do tempo;
• Evitar não só as zonas onde possa alojar–se umidade, que provocaria a formação de
ferrugem;
• Absorver o impacto de modo que proteja a integridade do habitáculo;
• Consiga interagir da melhor foma possível com os outros subsistema’;
• Absorver ruídos e parte da vibrações impostas pelas fontes extenas (pistas) e pelas
fontes internas (motor) para que não seja sentido pelos ocupantes;
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• Otimizar a geometria;
Desafio • Usar materiais de alta performance (Alumínio) ;
• Melhorar o processo de fabricação;
• Diminuir custo.

Peso Resistência
• Menor espessura; • Maior resistência a esforços;
• Melhor desempenho do carro; • Maior segurança;
• Menor Custo; • Maior estabilidade;
• Necessita de maiores estudos. • Maior custo.
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Tipos: Chassi tipo escada ou Ladder

Chassi tipo escada é uma
estrutura onde o chassi está separado com
carroceria, havendo vantagem de ter uma
maior flexibilidade de aplicações, com a
possibilidade de montar diversos tipos de
Exemplo do chassi tipo escada
carroceria no mesmo chassi. Devido a isto, (Parreira (2009)
tem uma maior empregabilidade em
veículos comerciais leves, como pick-ups e
em veículos de carga pesados, como
Ford 450
caminhões.
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Tipos: Chassi tipo escada ou Ladder

É formado por dois membros paralelos dispostos no sentido do
comprimento do veículo chamados longarinas (retas ou curvas, paralelas ou não),
que são interligadas por membros transversais (com quantidade a depender do
modelo), chamados transversinas ou travessas (OLIVEIRA, 2007).
Chassi OF 1722 da Mercedes-Benz

Travessa

Longarina
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Tipos: Monobloco
Segundo Chandra et al (2012), esse tipo de chassi é, atualmente, a
estrutura de chassi mais utilizada em veículos de passeio. O monobloco automotivo
é uma estrutura de peça única, soldadas ou prensadas, muito eficiente na proteção
contra impactos.

New Fiesta Audi A3

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Tipos: Monobloco
A sua fabricação requer altos custos ferramentais, de moldes e máquinas de
estampagem, o que torna inviável sua produção em escala abaixo de cem mil veículos por
ano.
MQB (Plataforma usado pela
Volks nos seus carros de
passeios) Engenheiro
alemão Ulrich Hackenberg
fala:
“A versatilidade é a palavra
de ordem. Ela permite a
combinação de diferentes
módulos para cada
aplicação, o que amplia a
diversidade da oferta de
produtos.”
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Tipos: Monobloco
Os engenheiros já viram de tudo
e afirmam que 15% dos veículos
usados já passaram por algum
reparo em sua parte estrutural e
nada menos que 70% destes
sem a técnica adequada. “Um
bom reparador automotivo sabe
que não se deve recuperar
componentes estruturais do
veículo (monobloco).
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Tipos: Chassi Coluna vertebral

Segundo Happian-Smith et al (2002), esse tipo de chassi vem sido explorado pela Lotus,
onde a coluna vertebral (backbone) principal trata-se de um tubo 8 retangular fechado,
normalmente produzido em fibra de vidro, que é utilizado para unir o eixo dianteiro ao
traseiro.

Lotus Elan
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Tipos: Chassi Coluna vertebral

Este tipo de chassi é de fácil fabricação, possui baixo custo de

produção e apresenta boa resistência, sendo utilizado em carros esportivos
pequenos. (Chandraet al, 2012).
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Tipos: Spaceframe

Este tipo de chassi é uma

estrutura tridimensional, composta por
membros tubulares circulares com
diâmetros pequenos, posicionados em
diferentes posições em que cada ponto
deve ser composto por três tubos .
Assim, os tubos são apenas submetidos
à tração e compressão evitando as
cargas de torção e flexão na estrutura.
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Tipos: Spaceframe

A origem desse tipo de chassi remete à época da II Guerra Mundial, onde o

aviador Barnes Wallis o desenvolveu com o intuito de aumento na resistência de aviões.
Posteriormente, foi utilizado este tipo de chassi em modelos de veículos renomados,
como o Mercedes 300SLR, Lamborghini Countach e o Jaguar Bird Cage, Lotus e Maseratti.
Atualmente, a principal aplicação é feita em veículos de corrida, que necessitam de alta
resistência, baixo peso e segurança ao motorista.

Maseratti Lamborghini
Mercedes 300 SLR
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Tipos: Spaceframe
O objetivo é ter alta rigidez aliada com um baixo peso, garantindo bom contato
com o solo e maior eficiência dinâmica compõe uma grande demanda de engenharia
automotiva, que muitas vezes atinge excelentes resultados, tornando vantajosa a opção
desse tipo de concepção para algumas aplicações.
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Tipos: Spaceframe
Simulação
Estima-se as forças equivalentes aplicadas
à estrutura em diversas situações como,
flexão, torção, frenagem, etc,
multiplicando-se as cargas estáticas
Impacto frontal( C=3,5)
calculadas por um fator dinâmico de
modo a adequar o estudo estático ao
Torção(
dinâmico, ou seja : C=3,5)

𝐹𝑑𝑖𝑛â𝑚𝑖𝑐𝑎 = 𝐶𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑛â𝑚𝑖𝑐𝑜 𝑥 𝐹𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑎

C: 3,5 a 5
Impacto lateral( C=3,5)
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Tipos: Spaceframe
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Tipos: Spaceframe
A fabricação deste chassi é
complexo, devido da necessidades de
gabaritos, chanfros, quantidade de
componentes, tipo de soldagem utilizado.
Estes fatores dificulta a utilizaçao desse
tipo de chassi para produção em grande
escala. Entretanto, por cuassa de suas
vantagens, a Spaceframe é perfeito para
veículos de competição e esportivas de
baixa escala de produção.
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Tipos: Spaceframe
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Tipos: Spaceframe
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Tipos: Semi monobloco

É composto por uma estrutura
básica, compreendido pelo piso,
anteparos, suportes para o motor,
suspensão, estruturas laterais e teto, que
proporcionam a resistência básica
requerida. Esta estrutura é toda
aparafusados. Antes da fixação destes
elementos e uma vez montadas as rodas e
a suspensão, o automóvel pode ser
empurrado de lado para outro sem o risco
de ser danificado.
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Tipos: Semi monobloco

Vantagens e desvantagens
Os elementos desmontáveis desse chassi não contribuem para a resistência da
estrutura, este tipo de carroceria é um pouco mais pesado do que o de construção
totalmente monobloco. Em contrapartida, os elementos desmontáveis são mais fácil e
economicamente substituídos quando danificados, além disso, sua construção permite ao
fabricante fazer, facilmente, pequenas alterações nas linhas do automóvel.
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Tipos: Subestruturas independentes

Meados da década de 1960, percebeu-se que alguns dos maiores fabricantes de

automóveis tinha uma tendência de utilizar subestruturas (subchassi) para suportar um ou
mais dos principais conjuntos mecânicos (motor, diferencial e suspensão). Estas
subestruturas são fixas a uma carroceria monobloco simplificada.

BMW M6
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Tipos: Subestruturas independentes

Vantagens e desvantagens
• Mais pesado do que o da carroceria totalmente monobloco.
• Como as ligações entre a carroceria e subestruturas são flexíveis, com isso a
transmissão de ruídos e vibrações é reduzida,
• Maior conforto.
• Fácil acesso às peças mecânicas, verificanso uma redução do tempo para manutenção
• Redução custo dos reparos.
• Este tipo de construção pode ser usado em automóveis de quaisquer dimensões.
• Simplificação na produção, já que os conjuntos mecânicos podem ser montados
separadamente nas suas subestruturas.
• As modificações nas linhas do automóvel não são mais fáceis de introduzir neste tipo
de construção do que nas carrocerias totalmente monobloco.
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Cockpit

A cabine, também chamado de habitáculo ou cockpit é a parte da estrutura de um

veículo destinada basicamente à direção e ao alojamento dos passageiros. Por motivos
de segurança, a cockpit deve ser rígida e indeformável, circundada por uma estrutura de
formação progressiva, para amortecer os choques externos. Uma das características da
cabine de um automóvel é sua habitabilidade.
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Ergonomia automotiva

A Ergonomia analisa o
contexto que envolve o homem, a
máquina e o ambiente e as
conseqüências desse relacionamento,
nos deparamos com sistemas
governados pelas ciências naturais
(biologia, fisiologia, física e química) e
pelas ciências sociais (psicologia,
sociologia e antropologia).
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Ergonomia automotiva

Diferenças individuais:

São aquelas que ocorrem entre as

pessoas e podem atingir níveis significativos,
tipo: estatura, peso, compleição física,
resistência à fadiga, capacidade auditiva,
acuidade visual, memória, habilidade motora,
tempo de reação entre outros.

Como devemos então projetar de forma ergonômica?

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Ergonomia automotiva

NBR 14970
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Ergonomia automotiva

Medidas
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Ergonomia automotiva

Medidas gerais do motorista

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Ergonomia automotiva

Avaliação da posição do volante para vários tipos de carros.

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Ergonomia automotiva

Percentil 95

Exemplo de método: Fotometria

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Ergonomia automotiva

Percentil 5

Exemplo de método: Fotometria

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Ergonomia automotiva

Percentil 50

Exemplo de método: Fotometria

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Ergonomia automotiva

Exemplo de método do triangulo

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Teste de segurança
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Teste de segurança
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Teste de segurança
Usa-se uma máquina de esmagamento
com cilindros hidráulicos, a qual
pressiona uma placa de metal sobre o
carro a uma velocidade constante de 3,2
mm/s. A máxima força sustentada pelo
teto, antes de ceder em 12,7 cm, é
comparada com a massa total do veículo
para encontrar a relação de peso-
resistência.

Na avaliação de impacto lateral, o veículo

de teste fica estacionado e a barreira de
1,5 t é movida em sua direção, a uma
velocidade de cerca de 50 km/h,
atingindoo lado do motorista.
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Análise de esforços
Análise dinâmica

Esta análise é mais complicado, devido à existirem inúmeras situações que

são exposto chassi, assim como a impossibilidade de ter variáveis que permitiria a
análise. Em geral, existe dois parâmetros que deverá ser analisados, a integridade do
habitáculo na situação de crash test e análise da rigidez do chassi, tanto torcional
como sob flexão.
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Análise de esforços
Análise dinâmica – Avaliação do habitáculo

Neste ponto, tentasse utilizar métodos que aproxime do teste de impacto,

visando ser aprovado no teste e otimizar a segurança dos ocupantes.
Parametros de entrada: Condições cinemáticas ou forças de impactos.
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Análise de esforços
Análise dinâmica – Avaliação do habitáculo

Veiculos esportivos utiliza parâmetros de forças

como dado de entrada, com uso de Fator
dinâmica vaiando de acordo com o tipo de
protótipo> Ex.: Baja-impacto frontal-> 3,5 a 5
Formula- impacto frontal e lateral -> 4 e 1,5
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Análise de esforços
Análise dinâmica – Análise rigidez

• Torção longitudinal ;
• Frenagem e aceleração;
• Situaçao de curva;
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Análise de esforços
Análise dinâmica – Análise rigidez

• Torção longitudinal ;
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Análise de esforços
Análise dinâmica – Análise rigidez

• Torção longitudinal ;
• Frenagem e aceleração;
• Situaçao de curva;
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Análise de esforços
Análise dinâmica – Análise rigidez

• Frenagem e aceleração;

Frenagem
Aceleração
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Análise de esforços
Análise dinâmica – Análise rigidez

• Torção longitudinal ;
• Frenagem e aceleração;
• Situaçao de curva;
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Análise de esforços
Análise dinâmica – Análise rigidez

• Situação de curva;
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Análise de esforços
Análise dinâmica – Análise rigidez

Combinações
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Análise de esforços
Análise modal

Avalia asformas modais da estrutura, caracterizando as

suas frequencias naturais e os modos.
Referências

• DINIZ, D. D. S., “Estudo da dinâmica vertical em suspensão duplo A de um veículo off-

road tipo baja”. 2014. 138f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica),
Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, 2014.
• Ravinder Pal Singh. STRUCTURAL PERFORMANCE ANALYSIS OF FORMULA SAE CAR.
Jurnal Mekanikal. 2010
• Ashutosh Dubey and Vivek Dwivedi. Vehicle Chassis Analysis: Load Cases & Boundary
Conditions For Stress Analysis.
• Bani Valério Alves Pereira. Analise de estrutura de carro de corrida (stock-car) pelo
método de elementos finitos. 2012. Dissertação de mestrado da Universidade de
taubate, 2012.