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Equipamentos de Proteção Individual

Produtos Perigosos

Prof. Dr. Licurgo Borges Winck

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SUMARIO

1. Vias de contaminação

2. Principais riscos com produtos perigosos

3. Vestimentas e níveis de proteção

4. EPR para PP

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1. Vias de contaminação e riscos com
produtos perigosos

 inalação
 ingestão
 injeção
 absorção e adsorção
Intoxicação
Causado pela assimilação de substância que, por
seu caráter ou quantidade, se torna nociva ao
organismo. Um veneno pode ingressar no corpo
por quatro vias:

 Ingestão – via oral, deglutição;


 Inalação – pelas vias aéreas;
 Absorção – pelo contato direto com a pele;
 Injeção – introduzido diretamente na corrente
sangüínea
 A identificação do veneno ou agente tóxico e o
conhecimento de seu potencial de toxidade são
úteis para o melhor atendimento à vítima,
tanto na fase pré-hospitalar, quanto nos
procedimentos médicos definitivos
Sinais e Sintomas

 Por ingestão
- Queimaduras e manchas ao redor da boca;
- Hálito anormal, respiração e pulso alterados, pupilas
dilatadas ou contraídas, sudorese;
- Odor anormal nas roupas ou no ambiente;
- Salivação abundante
- Náuseas e vômitos, diarréia;
- Dor abdominal;
- Convulsões ou inconsciência
 Por inalação

- Respiração alterada (normalmente superficial e rápida);

- Pulso alterado (mais rápido ou mais devagar);

- Irritação nos olhos, nariz e garganta;

- Tosse, presença de secreções nas vias aéreas


(eventualmente podem ocorrer os mesmos sinais e sintomas
da intoxicação por ingestão)
 Por absorção

- Reações na pele que podem variar desde


irritação, vermelhidão até queimaduras químicas,
coceira, aumento da temperatura da pele;

- Dor de cabeça;

- Choque anafilático;

- Alterações pupilares;

- Podem ocorrer sintomas semelhantes ao


envenenamento por ingestão ou inalação.
ABSORÇÃO

Fixação de uma substância líquida ou gasosa no


interior da massa de outra substância, geralmente
sólida.

ADSORÇÃO

Fixação das moléculas, geralmente de um fluxo


líquido ou gasoso, na superfície de um sólido sem
que as moléculas passem a fazer parte deste sólido.

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 Por injeção

- Distúrbios visuais, queda de pálpebra;

- Náuseas, vômitos;

- Pequenas manchas indicativas da picada, dor local intensa,


inchaço, hematoma;

- Dificuldade respiratória;

- Convulsões, torpor e inconsciência


2. Principais perigos
Biológicos
Radiológicos
Químicos
Térmicos
1 Combustibilidade
2 Inflamabilidade

Mecânicos provocados por explosões


Tóxicos
Corrosão
Devido às reações químicas
1 Reatividade
2 Reações químicas

Incompatibilidade
Asfixia
Criogênico
MECANISMOS DE LESÃO DOS PRODUTOS
PERIGOSOS
Seja qual for a rota de entrada, os mecanismos de lesão
dos produtos perigosos podem ser classificados nas
seguintes categorias:
•Lesões térmicas - Pelo calor ou pelo frio.
•Lesões mecânicas - Causadas por ondas de choque,
forças de impacto ou explosão.
•Asfixia - Interferindo no mecanismo da respiração.
•Lesões químicas - Alterando a estrutura e função de
células, tecidos e órgãos.
•Lesões etiológicas ou contaminações por
microrganismos.
•Lesões radiológicas agudas ou crônicas produzidas por
radiação ionizante.
3. Vestimentas e níveis de proteção

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Proteção Pessoal
Roupas de Proteção – Requisitos
 resistência contra as substâncias
 não sofrer danos por esforços mecânicos (cortes e furos)
 não deve ser afetada por “diferenças de temperaturas”
 “retardante de chamas”
 dielétrica (isolante)
 proteção contra poeiras radioativas
 não acumular calor interno
 não impedir movimentação ou comunicação

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MATERIAL PROTETOR
As roupas podem ser classificadas de acordo com o material utilizado na sua
confecção
Todos os materiais caem normalmente em duas categorias: elastômeros e não
elastômeros

ELASTÔMEROS:
São polímeros (semelhante a borracha) que permitem serem estirados, retornando a
forma original em seguida
EXEMPLO: PVC, Neoprene, Polietileno, ...

NÃO ELASTÔMEROS:
São materiais que não retornam a forma original depois de estirados
EXEMPLO: TYVEC
Níveis de Proteção

Finalidade: as Roupas de Proteção Química foram


desenvolvidas para proteger a pele do usuário da
contaminação acidental

NÃO EXISTE TECIDO CAPAZ DE RESISTIR A TODOS OS


PRODUTOS QUÍMICOS!

Conforme o risco existente, devemos definir o grau de


proteção exigido na operação!

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Nível A – nível de proteção utilizado quando a
proteção para a pele, olhos e trato respiratório deve
ser altíssima

Riscos Existentes:
quando gases, nuvens ou
vapores líquidos
perigosos podem
contaminar a pele ou
penetrar através dos
olhos ou da respiração,
apresentando grave
perigo para a saúde

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Nível A de proteção:
Deve ser utilizado quando for necessário o maior índice de proteção
respiratória, à pele e aos olhos. É composto de: aparelho autônomo
de respiração com pressão positiva ou linha de ar mandado, roupa de
encapsulamento completo, luvas internas e externas e botas
resistentes a produtos químicos, capacete interno à roupa e rádio. É
um traje encapsulado valvular que cobre totalmente o usuário e o
equipamento que carrega
Equipamentos que compõem
o nível A:

 equipamento autônomo de pressão positiva


 roupa de proteção, totalmente encapsulada com sistema
autônomo
 luvas de proteção química internas
 luvas de proteção química externas
 botas com resistência química com palmilha e biqueira de
aço
 capacete de uso interno (opcional)
 macacão de algodão de uso interno - long john (opcional)
 rádio de comunicação, intrinsecamente seguro

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Nível B – maior nível de proteção respiratória é
necessário, mas um nível menor de proteção para
pele e para os olhos é aplicado

O nível B é o
mínimo
recomendado
em situações
de início de
entrada até que
o perigo tenha
sido detectado
e avaliado

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Nível B de proteção:
Deve ser utilizado quando for necessário o maior índice de
proteção respiratória, porém a proteção para a pele encontra-se
num grau inferior. É composto de: aparelho autônomo de
respiração com pressão positiva, roupa de proteção contra
respingos químicos confeccionada em 1 ou 2 peças, luvas internas
e externas e botas resistentes a produtos químicos, capacete e
rádio.
Equipamentos que compõem o nível B:

 equipamento autônomo de pressão


positiva
 roupa de proteção (uma ou mais peças)
 luvas de proteção química internas e
externas

 botas com resistência química com palmilha e biqueira de


aço, ou bota interna ou externa de proteção química
 capacete de uso interno (opcional)
 rádio de comunicação, intrinsecamente seguro

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Nível C – quando o tipo de contaminante no ar é
conhecido, sua concentração medida e os critérios de
seleção para uso de equipamentos de proteção
respiratória estão de acordo com os padrões mínimos
necessários para proteção eficiente
Nível de proteção menor da pele e dos olhos!

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Nível C de proteção
Deve ser utilizado quando se deseja um grau de proteção respiratória
inferior ao Nível B, porém com proteção para a pele nas mesmas
condições. É composto de:·aparelho autônomo de respiração sem
pressão positiva ou máscara facial com filtro químico; roupa de
proteção contra respingos químicos confeccionada em 1 ou 2 peças;
luvas internas e externas e botas resistentes a produtos químicos;
capacete; rádio.
Equipamentos que compõem o nível C:
respirador facial com filtro apropriado
roupa de proteção (uma ou mais peças)
luvas de proteção química internas e externas
botas com resistência química com palmilha e biqueira de aço,
ou bota interna ou externa de proteção química
capacete (opcional)
rádio de comunicação, intrinsecamente seguro
respirador de fuga

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Nível D – deve ser utilizado somente como uniforme ou
roupa de trabalho e em locais não sujeitos a riscos ao
sistema respiratório ou a pele (contaminação)

Não prevê qualquer proteção contra riscos químicos!

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Nível D de proteção
Deve ser utilizado somente como uniforme ou roupa de trabalho e em
locais não sujeitos a riscos ao sistema respiratório ou a pele. Este
nível não prevê qualquer proteção contra riscos químicos. É
composto de: macacões, uniformes ou roupas de trabalho (EPI de
bombeiro); botas ou sapatos de couro ou borracha resistentes a
produtos químicos; óculos ou viseiras de segurança; capacete.
Equipamentos que compõem o nível D:
 macacões, uniformes ou roupas de trabalho
 botas ou sapatos de couro ou borracha resistentes
a produtos químicos
óculos ou viseiras de segurança
capacete

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Luvas de Proteção às Substâncias Químicas.

- Álcool polivinílico (PVA);


- Borracha natural;
- Borracha nitrílica (acrilonitrila e butadieno);
- Borracha butílica (isobutileno e isopreno);
- Cloreto de polivinila (PVC);
- Neoprene;
- Polietileno (PE);
- Poliuretano (PV);
- Viton.
Botas de Proteção às Substâncias Químicas.

O aspecto da bota é semelhante às botas de borracha contra chuvas,


e são fabricadas em neoprene e borracha butílica. Devido ao processo de
único estágio, o solado da bota é feito com o mesmo material, sendo, no
entanto, mais espesso. Isso significa que as características de tração e
desgaste da sola não são as mais adequadas.

De modo a fornecer um produto mais funcional e durável, foi


desenvolvido um processo de moldagem por injeção de dois estágios. Isso
permite a fabricação de um produto de baixo peso na sua parte superior com
um solado com alta resistência ao desgaste e boa tração. Este processo
também resulta numa bota mais apropriada e com uma maior resistência
química. Estas botas estão disponíveis em PVC e PVC/borracha nitrílica.
Equipamento de proteção respiratória

Autônomo:
O sistema de suprimento de ar, fornece ar respirável
ou oxigênio a partir de uma fonte independente da
atmosfera contaminada
Não autônomo:
Consiste em um elemento filtrante que retém o
contaminante e permite a passagem do ar
purificado

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Sempre que houver o contato com
substâncias perigosas que possam afetar a
saúde ou segurança tem haver o uso de EPI
Inclui vapores, gases ou partículas que
podem ser gerados em virtude das atividades
no local do acidente
A máscara facial dos Equipamentos
autônomos de respiração protege as vias
respiratórias, aparelho gastrintestinal, os
olhos e mucosas
A roupa de proteção protege a pele do
contato com substâncias 33
Equipamentos de Proteção Respiratória para Atendimento a
Emergências Químicas

Máscara Autônoma de circuito aberto


Sistema que possui um cilindro de ar com
capacidade variando de
30 minutos a uma hora.
A peça facial possui
válvula de exalação que expele
todo o ar exalado para o ar
ambiente, sendo chamada por
este motivo de máscara
autônoma de circuito aberto.
Filtro Mecânico
Geralmente constituídos por um emaranhado de microfibras
sintéticas que retêm apenas materiais particulados (poeiras,
névoas e fumos) presentes no ambiente.

Os filtros mecânicos não devem ser utilizados, em qualquer


hipótese, para proteção contra gases e vapores.
Filtros Químicos
O uso de filtros depende da:
1. Concentração do Contaminante;
2. Compatibilidade do filtro;
3. Concentração de oxigênio

Os filtros químicos não suprem a deficiência de oxigênio, portanto


não devem ser usados em ambientes fechados e sem
ventilação, onde a concentração de oxigênio seja inferior a
19,5%.
Filtros Combinados
MASCARA SEMI - FACIAL

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MASCARA FACIAL COM DUAS ENTRADAS

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MASCARA FACIAL COM DUAS ENTRADAS

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Arquivo Próprio
MASCARA FACIAL COM UMA ENTRADA

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Arquivo Próprio
FILTROS DE AÇÃO QUÍMICA

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44
FILTROS DE AÇÃO QUÍMICA

 Há vários tipos de filtros, e padronizado mundialmente


como:

A (vapores orgânicos)
B (gases ácidos)
E (dióxido de enxofre)
K (amônias e aminas)

Podem ser combinado os quatro juntos: ABEK

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INTERNET

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