UFS/PPGL – DOUTORADO EM ESTUDOS LITERÁRIOS

DOUTORANDA: IVÂNIA NUNES MACHADO ROCHA

DISCIPLINA: GÊNERO E EDUCAÇÃO

PROFESSORES: MARIA HELENA SANTANA CRUZ

ALFRÂNCIO FERREIRA DIAS
 AMBIVALÊNCIA SOBRE OS
CONCEITOS DE SEXO E GÊNERO
NA PRODUÇÃO DE ALGUMAS
TEÓRICAS FEMINISTAS
Adriana Piscitelli
GÊNERO SEXO
Conceito de
gênero

Avanço teórico Processo de

importante desconstrução
CONCEITO DE GÊNERO

Princípio:
desnaturalizador; Atual: Crítica; gênero
oposição a sexo. como categoria
explicativa e política.
Natureza X Cultura

Judith Donna

Políticas da diferença
Shapiro Haraway
(1981) (1991)
A ANTROPOLOGIA E A PROBLEMÁTICA DE GÊNERO
Por um Por outro
lado: lado...
Interesse Preocupação
político com a
feminista diferença

Explicações
universalistas Desconstrução
e totalizantes
A ANTROPOLOGIA E A PROBLEMÁTICA DE GÊNERO

1º momento (anos 1970)

2º momento (anos 1980)

3º momento (final - anos 1980)

1º MOMENTO (ANOS 1970)
• Harris e Young introduzem sistematicamente a
dimensão política;
• Adoção de universais, como natureza X cultura;
• Relações de poder entre os sexos;
• As diferenças biológicas são naturais e
inquestionáveis;
• Influenciados por preocupações feministas;
• Enraizamento nas tradições machistas;
2º MOMENTO (ANOS 1980)
• Questionamento de categorias universais;
• Consideração de modelos de natureza, cultura e
gênero;
• Recusa às dicotomias do pensamento ocidental;
• Plurissignificação e contextualização;
• Diversidade e ambiguidade;
• Desestabilização da universalidade da oposição
natureza X cultura.
3º MOMENTO (FINAL - ANOS 1980)
• Diferenciação categórica com conteúdos específicos
em contextos diversos;
• Gênero como categoria empírica;
• Operador de diferenças não preestabelecidas
marcantes em um contexto específico;
• Processo de desconstrução intenso;
• Questionamentos de pressupostos e a
universalidade da aplicação de construções
analíticas.
3º MOMENTO (FINAL - ANOS 1980)

• Marilyn Strathern questiona:

• a) o conceito de sociedade;
• b) a concepção de cultura;
• c) sociedade dividida em domínios;
• d) conceitos de identidade sexual individual;
• e) papéis sexuais;
• f) dominação.
3º MOMENTO (FINAL - ANOS 1980)
• Compreensão de sistemas simbólicos
contextualizados;
• Indissolubilidade entre pensamento e ação;
• Ação social;
• “O gênero é apresentado como uma concepção que
deixa de enquadrar-se nas dicotomias ocidentais, e
como o principal meio através do qual são
construídas relações sociais orientadas por ‘outro’
modo de pensamento.”
ASSIM...
• Deslocamentos – derrotas de arranjos;
Sem • Ampliação de posição anterior;
revolução

• Categorias de análise (método comparativo);

Questões • Explicações holísticas e totalizantes;

• Perspectiva pluralista;
Propõe • Questionamento das categorias básicas do feminismo.
• “O gênero, tal como é trabalhado por Strathern, desnaturaliza o sexo e
dissolve a identidade global. No entanto, não importa como o sexo, a Biologia
e a natureza sejam pensados localmente, o gênero sempre mantém sua
relação com a referência sexual. Caso não o fizesse não seria gênero, seria
outra coisa, falaria sobre "outras" diferenças. Trabalhado como categoria
empírica, as diferenças raciais, de nacionalidade, classe etc, necessariamente
aparecerão no lugar que lhes cabe em cada contexto. Mas trabalhar com
gênero implica privilegiar, pelo menos exploratoriamente, um olhar que parte
de certas diferenças e não de outras. Parece-me que neste ponto reside a
ambivalência nos usos do gênero entre algumas autoras contemporâneas.
Não se trata de que o gênero necessariamente naturalize. O problema é
privilegiar uma categoria que tem como referência a diferença sexual quando
as discussões "politicamente corretas" parecem exigir, cada vez mais,
privilegiar "outras" marcas na explicação das desigualdades.”
PISCITELLI, Adriana. Ambivalência sobre os
conceitos de sexo e gênero na produção de
algumas teóricas feministas. In: AGUIAR, Neuma.
(Org.). Gênero e ciências humanas: desafio às
ciências desde a perspectiva das mulheres. Rio de
Janeiro: Record: Rosa dos Tempos, 1997. p. 49-66.