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Criada pelo Decreto nº 44-A/01 do Conselho de Ministros, em 06 de Julho

de 2001
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
LICENCIATURA EM ENFRMAGEM

PLANO DE AULA
Tema: VIH – SIDA
Professor: Márcio Stelvio Miranda da Silva
Disciplina: Enfermagem Médico-cirúrgico e de
Especialidade II.
Escola: Universidade Jean Piaget
Grupo alvo: Estudantes do 4º ano de Enfermagem.
AGOSTO 2018.
Objectivos educacionais gerais:
 Aperfeiçoar os conhecimentos sobre VIH-
SIDA.

 Objectivos educacionais específicos:


 Conceituar a SIDA;
 Descrever as causas do VIH-SIDA;
 Citar os sinais e sintomas da doença;
 Explicar a fisiopatologia do VIH-SIDA;
 Listar as complicações do VIH-SIDA;
 Mencionar os diagnósticos do VIH-SIDA;
 Descrever os tratamentos do VIH-SIDA.
INTRODUÇÃO
No final de 2015, estimava-se que 36,7
milhões de pessoas que viviam com VIH/SIDA
em todo o mundo. Na África Subsariana
existiam 25,6 milhões de pessoas que vivam
com o VIH, 2,1 milhões das quais eram
crianças com menos de 15 anos,
representando quase 90% do fardo mundial
de VIH/SIDA entre crianças. Dos 2 milhões de
novas infecções em todo o mundo em 2014,
1,37 milhões (65%) ocorreram na África
Subsariana.
Em Angola, as pessoas começam as
relações sexuais em idade muito jovem. Os
adolescentes obtêm as informações sobre a
sexualidade de seus amigos e colegas. Na
maior parte das vezes não têm o apoio da
família, da escola ou de instituições na
comunidade. Também muitas vezes, esses
relacionamentos são tidos com várias
parceira/os sem responsabilidade e sem a
protecção do preservativo.
DEFINIÇÃO
A SIDA é o distúrbio de imunodeficiência mais
comum em todo o mundo e a infecção pelo HIV é
uma das maiores epidemias da história da
humanidade. A AIDS é causada pela infecção
crónica por retrovírus, que causa disfunção grave e
potencialmente fatal dos linfócitos T CD4 auxiliares,
infecções oportunistas e neoplasias malignas. Os
retrovírus contêm RNA viral, que é replicado pela
transcriptase reversa do vírus em DNA de fita dupla
e incorporado ao genoma do hospedeiro. A activação
das células do hospedeiro resulta na transcrição dos
produtos genéticos do HIV e na replicação do vírus.
CAUSAS
O VIH transmite-se pela via sexual
(principal, mais de 90%), via parentérica
(através do sangue e hemoderivados) e
por via vertical (durante a gestação, no
momento do parto e pelo aleitamento
materno). Após a entrada do vírus na
corrente sanguínea este é, inicialmente,
removido da circulação pelo baço e
outros órgãos linfáticos, onde a infecção
primária se inicia.
SINTOMAS
Quando os sintomas surgem, podem
assumir várias formas, incluindo:
 Linfadenopatia generalizada persistente,
causada por alteração da função das células
CD4+
 Sintomas não específicos, incluindo perda de
peso, fadiga, sudorese nocturna, febre por
alteração de função de células CD4+,
imunodeficiência e infecções de outras células
com Antígeno CD4+.
 Sintomas neurológicos resultantes de
encefalopatias por HIV e infecção das células
da glia.
 Infecções oportunistas ou câncer relacionado
à imunodeficiência.
FISIOPATOLOGIA
Durante os estágios iniciais da
infecção e da proliferação viral, a
penetração dos virions e a infecção da
célula dependem da ligação a dois co-
receptores existentes nos linfócitos T e
nos monócitos-macrófagos susceptíveis.
Com a infecção pelo HIV, há redução
das contagens absolutas de linfócitos T
CD4, disfunção simultânea destas
células e aumento concomitante dos
linfócitos T CD8 citotóxicos (LTC).
CONT.
Inicialmente, a actividade dos LTC é intensa e
eficaz para controlar a viremia por meio da
eliminação dos vírus e das células infectadas por
eles. Por fim, a proliferação viral supera as
respostas do hospedeiro e a imunossupressão
induzida pelo HIV permite a progressão da doença.
Com a atenuação das respostas citotóxicas
dependentes dos linfócitos T CD8, com a disfunção
dos linfócitos T auxiliares, com a acumulação de
mutações virais de evasão do vírus e com a
desregulação deletéria global das citocinas
necessárias às respostas imunes eficazes, o paciente
perde a capacidade de conter a replicação do vírus.
COMPLICAÇÕES
As complicações da SIDA são:
 Infecções oportunistas:

 Pneumonia por Pneumocytis carinii;

 Criptosporidiose;

 Toxoplasmose;

 Histoplasmose;

 Candidíase;

 Criptococose;

 Herpes simples 1 e 2;

 Retinite por citomegalovírus;

 Tuberculose;

 Micobacteriose.
DIAGNÓSTICO

Critérios laboratoriais:
Rastreamento positivo para anticorpo
anti – HIV (confirmação por um
resultado positivo com anticorpo anti -
HIV);
Resultado positivo de uma quantidade
detectável de HIV em exame virológico,
como detecção de ácido nucleico de HIV,
teste de antígeno do HIV ou isolamento
do HIV (cultura);
Tratamento

Ainda não foi encontrada a cura para a


SIDA. O tratamento primário consiste na
utilização de várias combinações de três tipos
de anti - retrovirais, a fim de tentar obter o
benefício máximo de inibição de replicação
viral de HIV, com o menor número de
reacções adversas possível. As recomendações
actuais incluem a utilização de dois
nucleosídeos mais um inibidor de protease ou
de dois nucleosídeos e um não nucleosídeo
para auxiliar na inibição da produção de
cepas mutantes resistentes.
As drogas incluem:
 Inibidores de proteases, para bloquear a
replicação das partículas virais formadas por
meio da acção das proteases virais (reduzindo
o número de novas partículas virais
reduzidas);
 Inibidores nucleosídeos de transcripase
reversa, para interferir na cópia do RNA viral
em DNA pela enzima transcripase reversa;
 Inibidores não nucleosídeos de transcripase
reversa, para interferir na acção da
transcripase reversa.
CONCLUSÃO
Sendo assim, chegamos a conclusão que o
VIH-SIDA por ser uma doença viral
incurável, existe uma grande necessidade de
nos prevenirmos de forma rigorosa. Uma vez
que somos futuros profissionais de saúde,
devemos ter muito cuidado no manejo dos
objectos perfuro-cortantes, uma vez que estes
constituem a maior causa de infecção por
VIH-SIDA no recinto hospitalar. Como
estudantes de saúde, é nosso dever transmitir
os conhecimentos sobre a doença às pessoas,
afim de que elas possam saber como se
prevenir e como lidar com as pessoas
infectadas pela doença.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
O.M.S. VIH/SIDA: Quadro de acção na região africana da
oms, 2016 – 2020. Etiópia 2016.
O.M.S. VIH-SIDA: Estratégia para a região africana.
Brazzaville 2013.
Bagnol B. et al. O rosto do VIH e SIDA em Angola. Angola
2012.
GANONG F. W. & MCPHEE J. S. Fisiopatologia da
doença: Uma Introdução à Medicina Clínica. AMGH Editora
Ltda, 5ª Edição. Rio de Janeiro 2011.
ROBBINS & COTRAN. Patologia Básica. Elsevier Editora
Ltda, 8ª Edição. Rio de Janeiro 2008.
MERKLE J. C. Manual de Fisiologia. Editora Roca Ltda, 2ª Edição.
Rio de Janeiro 2007.

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