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SISTEMA

CARDIOVASCULAR

5º PERÍODO MEDICINA
UFOP
Prof. Gustavo Meirelles Ribeiro
FEBRE REUMÁTICA – DOENÇA
REUMÁTICA – CARDIOPATIA REUMÁTICA

• Doença sistêmica inflamatória, recorrente,


mediada pelo sistema imunológico
• Ocorre algumas semanas após faringite
infecção por Streptococcus do grupo A

CARDITE REUMÁTICA AGUDA CARDITE REUMÁTICA CRÔNICA


FEBRE REUMÁTICA - CARDIOPATIA
REUMÁTICA

PATOGÊNESE

• Reação de hipersensibilidade induzida pelo


Streptococcus do grupo A (proteína M)
• Reação cruzada contra auto-antígenos
FEBRE REUMÁTICA - CARDIOPATIA
REUMÁTICA

MORFOLOGIA – FASE AGUDA


• Aumento da SFA – edema mucóide
• Transformação fibrinóide – alterações de fibras
colágenas
• Infiltrado inflamatório mononuclear –
aglomerados
– Linfócitos (principalmente T) Nódulo de
– Macrófagos (células de Anitshkow) Aschoff
– Fibrose
FEBRE REUMÁTICA - CARDIOPATIA
REUMÁTICA

MORFOLOGIA – FASE AGUDA


• Pericardite, miocardite, endocardite
• Valvulopatias

– Mitral
– Mitral + Aórtica
– Tricúspide e pulmonar

cordas tendíneas,
comissuras músculos papilares
FEBRE REUMÁTICA - CARDIOPATIA
REUMÁTICA

MORFOLOGIA – FASE AGUDA

• Nódulos de Aschoff em valvas


• Pequenas vegetações – verrugas até 3 mm – nas
linhas de fechamento das cúspides
• Lesão endotelial – pequenos trombos
• Comissuras
• Pericardite – exsudato fibrinoso ou serofibrinoso –
“em pão com manteiga”
• Miocardite – nódulos de Aschoff disseminados
FEBRE REUMÁTICA - CARDIOPATIA
REUMÁTICA

MORFOLOGIA – FASE CRÔNICA

• Fenda central com fibrose, espessamento e


estenose (“boca de peixe”, “casa de botão”)
• Fibrose e espessamento/ fusão e aderência/
encurtamento de cordas tendíneas
• Calcificações
FIBROSE EM COMISSURAS – FUSÃO OU ADERÊNCIA
RETRAÇÃO DE CÚSPIDES
FEBRE REUMÁTICA - CARDIOPATIA
REUMÁTICA

VÍCIOS E DEFEITOS VALVARES

• Estenose mitral (aderência de comissuras) –


dilatação do átrio esquerdo – congestão,
hipertensão pulmonar
• Insuficiência mitral – refluxo – regurgitação –
encurtamento e fibrose das cordas tendíneas –
sobrecarga (hipertrofia de VE) – descompensação
• Duplo vício mitral
• Estenose, insuficiência, duplo vício da aórtica:
sobrecarga do VE
FEBRE REUMÁTICA - CARDIOPATIA
REUMÁTICA

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS CRITÉRIOS MAIORES


DE JONES

• Poliarterite migratória de grandes articulações


• Pancardite
• Coréia de Sydenham
• Nódulos subcutâneos
• Eritema marginado da pele
FEBRE REUMÁTICA - CARDIOPATIA
REUMÁTICA

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS CRITÉRIOS MENORES


DE JONES

• Febre
• Artralgias
• História prévia de febre reumática crônica
• Alterações das reações da fase aguda em exames
complementares: PCR, leucocitose, intervalo P-R
prolongado no ECG
ENDOCARDITE INFECCIOSA

Quadro arrastado (subagudo) Quadro agudo


Patógenos menos Patógenos mais
virulentos virulentos
ENDOCARDITE INFECCIOSA

PATOGÊNESE

• Septicemia
• Bacteremia (focos infecciosos – pele, dentes,
rins, pulmões)
• Bactérias – Streptococcus, Staphilococcus
• Fungos (imunossupressão)
ENDOCARDITE INFECCIOSA

FATORES PRÉ-DISPONENTES

• Anomalias congênitas cardíacas


• Endocardite trombótica asséptica
• Lesões valvares
• Manipulação cardíaca
• Imunodeficiência
ENDOCARDITE INFECCIOSA

SEDES MAIS FREQUENTES

• Mitral
• Aórtica
• Mitral + Aórtica
• Valvas do coração direito (exceto usuários de
drogas injetáveis)
ENDOCARDITE INFECCIOSA

MORFOLOGIA

• Lesões destrutivas de cúspides


– Erosão
– Ulceração – abscesso cavitário (anular)
– Perda de tecido
– Ruptura de cordas tendíneas
ENDOCARDITE INFECCIOSA

MORFOLOGIA

• Vegetações volumosas e friáveis, compostas


por fibrina e microorganismos
• Formação de trombos e êmbolos
• Êmbolos sépticos
• Reparo – fibrose
• Microscopia: Reação inflamatória – fibrose –
agente etiológico – trombos - VEGETAÇÕES
ENDOCARDITE INFECCIOSA

CONSEQÜÊNCIAS

• Vício – insuficiência – fase aguda


• Fenômenos trombo-embólicos – êmbolos
sépticos – vasculite – hemorragia – aneurisma
micótico
• Manutenção de septicemia - choque
DOENÇA DE CHAGAS – FORMA
CARDÍACA

Doença de Chagas, produzida por


Trypanosoma cruzi

• Fases da doença: aguda,


indeterminada e crônica.
DOENÇA DE CHAGAS MANIFESTAÇÕES
CARDÍACAS NA FASE AGUDA

• Muito comuns na fase aguda


• Taquicardia, pulso fino e rápido
• Aumento discreto da área cardíaca
• Alterações benignas e reversíveis na
maioria dos casos
DOENÇA DE CHAGAS – FORMA
CARDÍACA

• Doença assintomática
– Distúrbios da repolarização, distúrbios de
condução e extra-sístoles
• Forma cardíaca crônica sintomática
– Arritmias (palpitação)
– Insuficiência cardíaca (dispnéia de
esforço)
DOENÇA DE CHAGAS – FORMA
CARDÍACA

MORFOLOGIA – ICC

• Grande cardiomagalia – dilatação das quatro


câmaras cardíacas
• Forma conservada – compensada – forma
globosa  descompensação
• Ponta arredondada – ambos os ventrículos
• Aumento de peso – 500g – hipertrofia –
inflamação e edema
• Trombose atrial (D) e ventricular (E) –
inflamação/ estase
DOENÇA DE CHAGAS – FORMA
CARDÍACA

MORFOLOGIA – ICC

• Líquido pericárdico
• Epicárdio – espessamentos em placas ou
estrias – pequenos nódulos em fileiras –
epicardite moniliforme – aspecto em rosário
• Miocárdio flácido – vermelho arroxeado –
pontilhado hemorrágico – focos de fibrose
• Lesão vorticilar no VE – aneurisma de ponta
DOENÇA DE CHAGAS – FORMA
CARDÍACA

MORFOLOGIA - Microscopia

• – Epicárdio – focos de fibrose e infiltrado


inflamatório crônico
• Miocárdio – miocardite chagásica – inflamação
crônica fibrosante em atividade – aspecto zonal
ou difuso linfócitos e macrófagos –
plasmócitos, eosinófilos e neutrófilos
• Fibras cardíacas – alterações degenerativas –
degeneração hialina, fibrose, hipotrofia,
necrose – focos de hipertrofia
DOENÇA DE CHAGAS – FORMA
CARDÍACA

MORFOLOGIA – ICC

• Lesões em pequenos vasos epicárdicos e


miocárdicos – focos de isquemia
• Endocardite parietal, trombose e proliferação
fibrosa – lesões discretas
• Lesão valvar não é encontrada geralmente
• Inflamação crônica, fibrose e atrofia do sistema
condutor
• Destruição de neurônios, proliferação de
células satélites

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