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Governar em

Governança
Krishina Day Ribeiro, baseado no texto de JAN KOOIMAN
2003
Sumário
1. Governar em Governança
1.1 Tendências Sociais e Mudanças
1.2 Diversidade, Complexidade e Dinamismo
2. Governança como Interações
3. Modos de Governança
4. Ordens/níveis de Governança
 O Texto Gobernar en Gobernanza,
1. Governar em de Jan Kooiman (2003) visa
compreender o Governo Interativo
Governança ou Sociopolítico, a partir das
interações de caráter público-
privado, que lhes permite observar
modos ou níveis de Governança
Social, de forma sistêmica.

 Destaca o papel dos atores sociais


na Governança das Interações.
 O que ocorre na Governança Social Moderna, em
particular na fronteira entre o Social e o Político ?
1.1 Tendências Sociais e Mudanças
 Koimann compreende que vivemos em uma cross-
modern, e isto significa dizer que estamos na fronteira
entre o moderno e o pós-moderno.

 Desenvolvimento Social atribuído às


interdependências sociais. É fruto processo de
integração X diferenciação, que amplia as cadeias de
interação.

 Multiplica o número de partes das interações, assim


como tambem multiplica o número de interações
realizadas entre as partes.
 Isso marca a fronteira entre o moderno e o pós-
moderno: uma multiplicidade de interações
 O Governo Sóciopolítico não pode exercer a
governança de forma isolada. Precisa reconhecer as
interdependências sociais.

 Quando o governo percebe as limitações da ordem


tradicional e do controle público, surge a necessidade
de cooperação.

 Hipótese da Governança pode levar o Governo a


pensar problemas sociais que requerem um grande
número de enfoques e instrumentos.
1.2 Diversidade, Complexidade e
Dinamismo
 A Diversidade é uma característica das entidades que
formam o sistema e apontam a natureza e o grau em
que elas diferem (atores no sistema sóciopolítico,
objetivos, intenções e poderes).

 A Complexidade é um indicador da arquitetura entre as


partes de um sistema, entre as partes e o conjunto e
entre o sistema e seu entorno (convida a examinar as
estruturas, interdependências e interrelações entre o
sistema e seu entorno e entre diferentes níveis)
 O Dinamismo se aplica as tensões entre um sistema e
entre sistemas (observamos os problemas e as
oportunidades dos sistemas e observamos como tratá-
los em termos cibernéticos – múltiplas interações entre
ações e estruturas).
2. Governança como Interações
 A Governança Sóciopolítica propõe uma mudança de
governo unidirecional a um governo bi-direcional.
 Governantes unidirecionais, que dirigem o poder
político à frente dos governados, passariam a
desenvolver interações com os governados para
compreender aspectos, problemas e oportunidades do
público-privado.
 No Governo tradicional as mudanças se deram em
torno dos processos de desregulamentação e da
privatização.

 Governança sóciopolítica, tais mudanças ocorrem em


torno das interações sistêmicas presentes na gestão,
direção ou guia com enfase em aspecto bilaterais ou
multilaterais.
 Na Governança das Interações não se pode perder de
vista os atores sociais. Porque estão continuamente
integrados nas interações.

 A percepção dessas interações sóciopolíticas nos


processos de governo, é que vão dar aos atores a
oportunidade de representar suas identidades.
3. Modos de Governança
 3.1 – Autogoverno: encontra fundamento no processo de
autopoiésis. O que para o autor representa uma
controvérsia porque para se autoregular necessita
realizar o fechamento operacional.

 Aspecto-chave no debate da Alemanha é o de saber até


que ponto o fechamento operacional do autogoverno o
impede de serem governados e/ou influenciados desde
fora.

 Nas sociedades modernas os setores se governam até


certo ponto.
3. Modos de Governança
 3.2 – Co-Governança: é um exemplo de governança
horizontal em que os atores sociais se governam,
cooperam e se comunicam, sem um governo
dominante.

 3.3 – Governança Hierárquica: os modos de interação


mais formais entre Estado e cidadãos individuais,
grupos e organizações de governo são marcados por
sistemas de intervenção, sujeitas a garantias políticas
e jurídicas.
4. Ordens/níveis de Governança
1º Nível: A solução dos problemas e a criação das oportunidades

 Governança de 1ª ordem, nela o governo procura resolver os


problemas de nível individual

 Teoria dos Problemas e Oportunidades: ambiência da diversidade,


complexidade e do dinamismo questões e desafios sóciopolíticos.
Não basta apenas encontrar as soluções de problemas coletivos,
mas também criar oportunidades sociais aos agentes envolvidos.
4. Ordens/níveis de Governança
 1º Nível: A solução dos problemas e a criação das
oportunidades
 Metodologia
 A) Solução de problemas: perceber a complexidade das
diferentes partes do problema e localizar os pontos de
tensão (dinamismo). Processo formação de imagem.

 Inventário das Interações dos problemas. Cíclidade.


4. Ordens/níveis de Governança
 1º Nível: A solução dos problemas e a criação das
oportunidades
 Metodologia
 B) Solução de Problemas: Definir o espaço de soluções
– criar oportunidades. Não existem experiências a
aportar. O próprio governante é que vai apresentar as
experiências de oportunidades.
 O governante é que vai lançar as luzes das
oportunidades. Através da análise sistemática das
oportunidades.
4. Ordens/níveis de Governança
 Definir o espaço de oportunidades:

 Perceber quais as tensões relevantes que podem aportar a


experiência das oportunidades?

 Qual a localização da área potencialmente afetada pela


oportunidade?

 Que tipo de interações estão potencialmente afetadas pela


oportunidade.
4. Ordens/níveis de Governança
 2º Nível: A Construção de Instituições

 Governança de 2ª ordem, nela o Governo percebe os aspectos


estruturais da interações com os agentes.

 Observação acadêmica sobre o papel das Instituições que


influem na conduta dos atores.

 Neoinstitucionalismo: Teoria Sociológica das Instituições


entendidas como o espaço em que os atores sociais
desenvolvem suas práticas.
4. Ordens/níveis de Governança

 2º Nível: A Construção de Instituições

 Interação dos atores nos contextos coletivamente limitados;

 Restrições das interações que adotam a forma de Instituições;

 As Instituições que dão forma aos interesses daqueles com


elas interagem, sendo portanto, influenciadas por eles.
4. Ordens/níveis de Governança
 3º Nível: Meta-Governança
 É o Governo como Prática em que metas-normas são
seguidas ou ignoradas, testadas ou mudadas.
 A Governança é enfrentada com uma perspectiva
normativa.
 Surgir de diferentes tipos de imagens parciais:

 Governança como atividade; Governança como modos de


Interação; Governança como criação de oportunidades e
Governança como Instituições.
 Governante obtem a Experiência
necessária da totalidade
 Meta-Governança permite Redesenhar os
processos do ponto de vista normativo.

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